terça-feira, 24 de agosto de 2010

Parque espiral

























A proposta do parque espiral veio da hibridição de dois objetos distintos, porém com uma característica marcante em comum: ambos possuíam a forma arredondada. A partir daí foi pensado um parque que tivesse como forma total uma semelhança com os objetos do próprio meio. A disposição deles é em ilhas de relevo circulares, ligadas por escadas irregulares formadas pelo encontro de pequenos cilindros, elevando todo o conjunto em forma de espiral. Esse formato espiralado lembra ambos os objetos iniciais a serem hibridizados: o cone e o cilindro pontudo.
Foi escolhido como elemento de mutação para o parque o próprio terreno, que, muito além de dialogar com a estrutura do parque, ele se contamina por ela. Entretando ele nunca deixa de ter sua característica fundamental de ser uma ilha circular e irregular Percebe-se um relevo mais arredendado no início, onde as pontas não estão tanto em primeiro plano. Porém ele vai se modificando, criando pontas, arestas sobresalientes e distorções de acordo a hibridização dos elementos. As formas do relevo se misturam com as formas dos objetos, juntamente com a mistura de cores que forma uma espécie de "colcha de contaminação" no solo, tornando a ligação entre meio ambiente e estrutura do parque tão íntima a ponto de, em alguns momentos, confundir-se o que é forma e meio. Percebe-se também a variação de transparência dos elementos híbridos ao longo do parque, que vai contaminando o relevo, ao ponto de no final o percurso ele apresentar-se bastante transparente, adquirindo um aspecto de leveza da ilha como no último objeto. É um contraponto entre o início e o fim, em que no princípio as ilhas apresentam-se pesadas e opacas e no final leves e transparentes.